14ª Conferência

1. CABEÇA CORPÓREO-MATERIAL

Triplicidade corporal exterior A cabeça é um ser humano completo. 1. cabeça propriamente dita 2. tronco: tudo o que pertence ao nariz 3. membros: tudo o que circunda a boca

Nariz Âmbito pulmonar, pulmão metamorfoseado. Desenvolve o processo respiratório mais em direção ao físico. Projeta-se da face humana. Pulmão: construído artisticamente. Mais impregnado pelo elemento anímico-espiritual

Boca Tudo o que pertence ao metabolismo, digestão, alimentação. Membros: carregam a força de fora pra dentro Maxilares superiores: braços e mãos Mandíbulas inferiores: pernas e pés

2. CABEÇA DOS MEMBROS

Essa cabeça invisível nos devora continuamente, escancara a sua boca em nossa direção. Nós entramos incessantemente com o nosso organismo na boca escancarada da nossa espiritualidade. A cabeça espiritual se torna um pouco material para consumir constantemente o ser humano. Os membros são construídos de forma a nos devorar continuamente. O elemento espiritual exige constantemente de nós o sacrifício da nossa entrega. Quando a morte acontece, essa cabeça consumiu o ser humano por inteiro.

3. CABEÇA DO TRONCO

Parte superior do tronco: tendência a se tornar cabeça. A fala é a tentativa da laringe de se tornar cabeça. A laringe extravasa sua natureza cefálica na fala humana. Falar = produzir fragmentos de cabeça A cabeça em si já é um ser humano completo. Cada membro do ser humano é um humano completo. No humano-tronco, a cabeça e os membros mantém o equilíbrio. O professor recebe desse princípio o necessário entusiasmo.

4. TRONCO-CABEÇA

Fixamos animicamente a formação da linguagem ao ministrarmos racionalmente o elemento gramatical. 7 a 11 anos: introduz-se na vida anímica: tudo o que havia penetrado na natureza dentária (cabeça) a dentição anímica se anuncia na capacidade de aprender a ler e a escrever Elemento gramatical: aquilo que, partindo da linguagem, interfere na escrita e na leitura. Pode-se muito mais encorajar a intelectualidade (ler e escrever) Até os 7 anos: linguagem pela imitação A partir dos 7 anos: linguagem pelo elemento gramatical Atividade do professor do segundo setênio deve ser semelhante à atividade que o corpo exerce ao implantar a segunda dentição.

5. TRONCO-MEMBROS

Parte inferior do tronco: tendência a se tornar membros 12 a 15 anos: fantasia. (puberdade) 12 a 15 anos: introduz-se na vida anímica: tudo o que se origina da natureza dos membros (puberdade) toda atividade de fantasia e tudo o que é impregnado de calor interno amor anímico interior se exprime como força de fantasia devemos apelar à força de fantasia introduzir continuamente a fantasia no juízo que se aproxima fantasia: história, geografia, física, geometria e aritmética O que parte do tronco para baixo: natureza motora condensada e embrutecida. O mundo exterior impele essa natureza para dentro do ser humano. Segredo da sexualidade: as mãos, os braços, as pernas e os pés são embrutecidos e mais inseridos do que protuberantes no ser humano. O professor deve estruturar com bastante fantasia a sua matéria de ensino.

6. MANTER A FANTASIA VIVA

Imperativo categórico para o professor O professor não pode azedar. Dois conceitos incompatíveis: magistério e pedantismo. Se for alimentada com idéias adquiridas do espírito, a intelectualidade se tornará diligente, cuidadosa, zelosa. Nós só recebemos as idéias do espírito em nossa alma trilhando o caminho que percorre a fantasia.

7. TRÊS FORÇAS QUE CONSTITUEM OS NERVOS DA PEDAGOGIA

  • necessidade de fantasia

  • senso de verdade

  • sentimento de responsabilidade

Impregnar de fantasia é impregnar de vontade ligada ao sentimento. Com coragem em relação à verdade, a vontade se desempenha no ensino. Coragem de ser livre no pensar, de se mover livremente no pensar.

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